Ensino

UFMG tem o maior número de cursos no top 10 do ranking da Folha de S. Paulo

Mais de 70% das formações ofertadas na Universidade estão entre as três primeiras colocadas em suas áreas

Estudantes no saguão da Reitoria da UFMG
Estudantes no saguão da Reitoria da UFMG: desempenho homogêneo e equilibradoLucas Braga / UFMG

Todos os 39 cursos da UFMG avaliados pelo Ranking Universitário Folha (RUF) 2024, divulgado no último dia 21, figuram entre os sete melhores do país, superando as demais universidades brasileiras com maior presença de carreiras no top 10 da classificação.

O levantamento revela que 71% das formações (28 entre as 39) da UFMG aparecem no top 3. Na classificação geral, a UFMG está posicionada na quinta colocação (a terceira federal) e se destaca nos indicadores mercado de trabalho (terceira geral e primeira federal), pesquisa (quarta geral e segunda federal) e inovação (sexta colocada geral e quinta federal).

Em sua décima edição, o ranking da Folha de S.Paulo avaliou 203 universidades (públicas e particulares) e as 40 carreiras de maior demanda no país na avaliação do jornal – a UFMG só não oferece o curso de Serviço Social. Cinco indicadores são aplicados: ensino, pesquisa, mercado de trabalho, inovação e internacionalização.

Dois cursos da UFMG – Ciências Contábeis e Publicidade e Propaganda – são os melhores do país em suas respectivas áreas. Outras 10 carreiras ofertadas pela Universidade aparecem em segundo lugar entre as suas homólogas brasileiras: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Design, Direito, Engenharia Ambiental, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Relações Econômicas Internacionais. E 16 carreiras se posicionam em terceiro lugar em relação às suas equivalentes nacionais: Artes Visuais, Ciências Biológicas, Biomedicina, Ciência da Computação, Comunicação (Jornalismo e Relações Públicas), Ciências Econômicas, Educação Física, Enfermagem, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica, Física, Letras, Medicina, Veterinária, Pedagogia e Química.

Equilíbrio, homogeneidade e autoavaliação
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida afirma que o resultado da UFMG no RUF é coerente com classificações internacionais, como QS Ranking e THE, e avaliações institucionais nacionais, como a do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “Em todas elas, nosso desempenho é consistente, homogêneo e equilibrado. No caso do ranking da Folha, chama a atenção o fato de que nenhum dos 39 cursos ofertados pela UFMG aparece fora do chamado ‘top 10’. A UFMG também se destaca no ensino, na pesquisa, na inovação e em sua reputação perante o mercado”, comenta a dirigente.  

“Esses números indicam que os esforços coletivos envidados para uma formação de qualidade e cidadã aos nossos estudantes de graduação têm sido percebidos e reconhecidos pela sociedade”, afirma o pró-reitor de Graduação, Bruno Otávio Soares Teixeira, que também atribui o êxito nas classificações à cultura de autovaliação existente na UFMG que, com apoio do Setor de Estatística da Prograd, da Diretoria de Avaliação Institucional (DAI) e do Escritório de Governança de Dados Institucionais (EGDI), “possibilita que cada curso proponha e implemente intervenções pedagógicas para favorecer o contínuo aprimoramento dos processos de ensino-aprendizagem e de sua qualidade".

O trabalho de autoavaliação também é destacado pela diretora de Avaliação Institucional, Viviane Birchal. Ela cita outras instâncias, como a Comissão Própria de Avaliação (CPA), que funciona com suporte da própria DAI, e os Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs), que operam junto com os colegiados. “Esse sistema realiza um trabalho permanente de avaliação e reavaliação de processos e projetos pedagógicos. Mesmo com bons resultados, essa estrutura está sempre pronta a examinar os aspectos que podem ser melhorados e a identificar fortalezas e fragilidades”, afirma a diretora.

Como é feito
O Ranking Universitário Folha é uma avaliação anual de todas as universidades ativas do país que se vale de dados nacionais e internacionais em cinco aspectos: pesquisa, com peso de 42%, ensino (32%), mercado (18%), internacionalização (4%) e inovação (4%).

Segundo o jornal, os dados que compõem os indicadores são levantados diretamente pela Folha em bases nacionais e internacionais de periódicos científicos, de patentes (INPI), do Inep-MEC (Censo da Educação Superior e Enade, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e disponibilizados por agências estaduais e federais de fomento à ciência.

Entre os componentes, há duas pesquisas nacionais de opinião realizadas pelo Datafolha com empregadores e com professores. Nesta edição, o levantamento passou a contar com uma base própria de especialistas, construída pela Folha e composta de avaliadores e ex-avaliadores do MEC e integrantes da Academia Brasileira de Ciências (ABC).