Performance ‘Purificação I’, de Priscila Rezende, é atração do Quarta Doze e Trinta
A artista visual Priscila Rezende apresenta amanhã, 13 de novembro, a performance Purificação I, no projeto Quarta Doze e Trinta. A apresentação, gratuita, é parte da programação do Novembro Negro UFMG e terá lugar na Praça de Serviços do campus Pampulha. O Quarta Doze e Trinta, que integra o Circuito Cultural UFMG, é uma realização da Pró-reitoria de Cultura (Procult).
Na performance, Priscila Rezende se apropria de termos pejorativos comumente utilizados para se referir às pessoas negras. A artista transfere essas palavras, que inicialmente estão escritas em seu corpo e no chão, com tinta guache, enquanto caminha sobre elas, marcando-as com suas pegadas.
Como recusa às palavras impostas ao corpo negro, a artista lava sua pele e retira a tinta. “O corpo antes frágil e submetido a uma representação pejorativa transforma-se em agente ativo de poder, que rejeita essa representação e se purifica tanto interna quanto externamente ao se lavar dessa alcunha a ele imputada”, informa o texto de divulgação da performance.
A artista
Natural de Belo Horizonte, Priscila Rezende é graduada em Artes Plásticas pela Escola Guignard da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) e mestre em Artes da Cena pela UFMG. Ela desenvolve trabalhos em múltiplas linguagens, em especial, na performance, em que se apropria da raiva e da violência como instrumentos para confrontar o racismo, a misoginia e o machismo. Marcada pela visceralidade, sua obra busca impactar o público com enunciado claro e direto.
Priscila já se apresentou em exposições em diversas regiões do Brasil e no exterior, em países como Alemanha, Inglaterra, EUA, Espanha, Holanda e Polônia.