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Reforma Protestante completa 500 anos nesta semana

Teólogo e pesquisador aborda contexto histórico que culminou na elaboração das 95 teses de Lutero

Reforma Protestante ampliou acesso às escrituras
Reforma Protestante ampliou acesso às escrituras Domínio Público

A Reforma Protestante completa 500 anos nesta semana. O movimento reformista cristão teve início no século 16, quando Martinho Lutero, monge e professor de teologia germânico, irritado com a venda de indulgências pela Igreja Católica, teria afixado na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, em 31 de outubro de 1517, suas 95 teses, em protesto contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana.

Lutero teve apoio de vários religiosos e governantes europeus, o que provocou uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e que se estendeu por outros países da Europa. O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da então Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, dando origem ao protestantismo.

“A Reforma se iniciou bem antes, pois já havia uma inquietação na igreja cristã com a venda de entradas para o céu, desde o século 12. Todas as inquietações anteriores culminaram no evento do dia 31 de outubro de 1517, quando Lutero afixou as 95 teses. Mas isso é fruto de um processo mais amplo”, contextualizou Ricardo Bitun, professor de teologia e coordenador do curso de pós-graduação em Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em entrevista ao Programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta quarta-feira, 1º de novembro.

Segundo Bitun, a reforma foi não apenas religiosa, mas também política, econômica e social.

“É claro que a ambiência é teológica, pois há um monopólio da Igreja Católica Apostólica Romana na Europa. Mas os reformadores propõem uma reforma integral, por isso houve simpatia dos príncipes de outros reinados para com a Reforma Protestante, pois eles também estavam insatisfeitos com esse poder religioso da Igreja Romana e tinham interesse em se desvincular da Igreja Católica”, ponderou.

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