Professora alemã aborda economia do afeto em conferência e minicurso na UFMG
Reflexões de Marita Rainsborough são inspiradas nas ideias de Michel Foucault
Na próxima quinta-feira, 14 de novembro, a professora Marita Rainsboroug, da Universidade Leuphana, de Lüneburg (Alemanha), e coeditora da revista Estudos Kantianos, estará na UFMG para ministrar a conferência Economia, arte e afeto. Economia do afeto e seus limites na concepção filosófica de Michel Foucault. A conferência ocorrerá a partir das 14h, no auditório Luiz Bicalho, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), no campus Pampulha.
Antes, nos dias 11 a 13, ela coordenará minicurso sobre Reflexões filosóficas sobre a fotografia. Da arte ilegítima à encenação estética. Ambos eventos são abertos ao público, mediante inscrição prévia, por meio da plataforma Sistema de Gestão e Eventos.
Professora associada do Instituto de Filosofia e História da Arte da Universidade Leuphana e do Instituto de Estudos Românicos da Universidade de Kiel (Alemanha), Rainsborough vem à UFMG a convite da Cátedra Fundep/Ieat. Marita Rainsborough também integra o Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa (CFUL), em Portugal.
O minicurso será realizado em três sessões temáticas: Teoria da fotografia. Da arte ilegítima à encenação estética; Aspectos temáticos: identidade, hibridismo, culturalidade e narração e Os diálogos inter & intramediários e diálogos com a história da arte. O local dos encontros será divulgado em breve.
Potencial de resistência
Michel Foucault propõe a possibilidade de uma formação discursiva e disposicional da afetividade, mas ao mesmo tempo atribui a ela um potencial de resistência. O conceito de governamentalidade possibilita que ele considere os aspectos de ser governado – como o homo economicus do neoliberalismo – e o governo do eu juntos. A estética e a ética estão muito presentes em seu pensamento filosófico. A estreita relação entre arte, corporeidade e a formação de emoções também fica clara quando se considera mídias artísticas específicas, como o cinema e a fotografia. Para Foucault, a arte se torna até mesmo um modelo para o modo de vida individual.