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UFMG discute estratégias para intensificar processo de internacionalização da extensão universitária
Estratégias para a internacionalização das ações de extensão da Universidade serão discutidas na próxima quinta-feira, 14, durante a segunda edição dos Seminários de Internacionalização na UFMG. Realizado pela Pró-reitoria de Extensão (Proex), em parceria com a Diretoria de Relações Internacionais (DRI), o evento é destinado a coordenadores de projetos e programas de extensão, coordenadores e secretários dos centros de extensão (Cenex), membros do Comitê Permanente de Extensão da Associação das Universidades do Grupo Montevideo (AUGM), coordenadores e assessores de relações internacionais de instituições de educação superior e estudantes.
O objetivo do encontro, segundo a pró-reitora de Extensão, Benigna Maria de Oliveira, é traçar caminhos e possibilidades para a extensão universitária. “Um aspecto importante nas ações de intercâmbio ou cooperação internacional no âmbito da extensão universitária é ampliar a reflexão sobre a produção do conhecimento considerando as relações universidade-comunidade. Precisamos mapear e sistematizar as experiências de internacionalização da extensão universitária, e o seminário pode ser um ponto de partida para a realização desse trabalho”, afirma.
A pró-reitora destaca que a internacionalização da extensão passa pela articulação com o ensino e a pesquisa, que define como “dimensões indissociáveis”. “A internacionalização é mais um elemento dessa indissociabilidade”, destaca. Essa perspectiva é partilhada pela vice-diretora de Relações Internacionais da UFMG, Miriam Jorge, para quem a extensão precisa integrar o processo de internacionalização. “Temos nos preocupado com uma internacionalização que não se limite à mobilidade acadêmica. As demandas da comunidade externa, que financia o que é feito na universidade, muitas vezes passam pela extensão. Não valorizá-la é deixar aberta uma lacuna, que precisa ser preenchida”, defende.
Experiências
Entre as experiências de internacionalização da UFMG que serão compartilhadas durante o seminário, estão os trabalhos coordenados pela professora Silvania Sousa do Nascimento, diretora de Divulgação Científica da Proex, e pelo professor José Nélio Januário, diretor do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), da Faculdade de Medicina.
Um dos projetos de extensão da Diretoria de Divulgação Científica (DDC) é o Barômetro: ciência, café e debate, que promove discussão científica em formato de cafés. Neste semestre, em parceria com a Embaixada Francesa, o projeto divulga temas de interesse da cooperação entre a UFMG e a França. “No seminário, além de apresentar projetos desenvolvidos na mão dupla da internacionalização – exportar e importar ações de extensão –, vou compartilhar o desafio que diz respeito a fazer divulgação cientifica em um cenário de internacionalização cada vez maior”, comenta Silvania do Nascimento.
A internacionalização das ações de extensão serve à troca de experiências com outros centros de ensino ao redor do mundo
Outro projeto de destaque, realizado pelo Nupad em Angola, Cabo Verde e Gana, promove treinamento e formação de recursos humanos para realização do diagnóstico da anemia falciforme. O coordenador Nélio Januário defende que as atividades de extensão não devem se limitar ao país onde são desenvolvidas. “A internacionalização das ações de extensão serve à troca de experiências com outros centros de ensino ao redor do mundo. Em nosso caso, trabalhamos com a anemia falciforme, cuja maior incidência ocorre na África, e essa troca é vital para aprendermos sobre a doença e metodologias de suporte para seu tratamento”, avalia.
Programação
O evento ocorrerá no auditório da Escola de Engenharia, campus Pampulha. A sessão de abertura dos Seminários de internacionalização na UFMG: extensão em pauta será realizada às 9h. Em seguida, das 9h30 às 12h, será realizada a mesa-redonda Internacionalização da Extensão: Conceitos e experiências, da qual participam os professores Nélio Januário, do Nupad, Silvania Nascimento, da DDC, Gustavo Menendez, secretário de Extensão da Universidade Nacional do Litoral (Argentina), e Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo, pró-reitor adjunto de Extensão e Cultura da Universidade Federal do ABC.
Às 14h, serão formados grupos de trabalho para discutir temáticas prioritárias identificadas durante as discussões da parte da manhã. Segundo Miriam Jorge, a ideia da atividade é que os próprios participantes do seminário proponham temas para os grupos. “Queremos promover troca de experiências e organização de demandas. Nossa expectativa é que o resultado das discussões reflita as vozes de quem efetivamente faz extensão”, afirma.
No dia seguinte, como desdobramento do seminário, haverá duas reuniões da Associação das Universidades do Grupo Montevideo (AUGM). Uma delas com a Comissão Permanente de Extensão Universitária da Associação, da qual a UFMG faz parte desde o ano passado. Um dos temas em discussão, segundo a pró-reitora Benigna de Oliveira, é a inclusão dos direitos humanos no plano de trabalho da comissão. A outra reunião será à tarde, quando integrantes da Comissão Permanente de Meios e Comunicação Universitária da AUGM se juntarão em grupos de trabalho para discutir questões relativas à democratização da comunicação e ao papel que esta deve exercer nas universidades.