Socorro federal a estados e municípios na pandemia teve distribuição desigual
Professor Ivan Beck Ckagnazaroff, da Face, comentou dados divulgados nessa quarta-feira, 16, pelo jornal Folha de S. Paulo
O programa federal de socorro a estados e municípios para enfrentamento da pandemia distribuiu recursos de forma desigual entre esses entes da federação. Algumas administrações não receberam dinheiro suficiente para compensar as perdas de arrecadação no primeiro semestre de 2020. Na lista, estão Minas Gerais, outros sete estados e três capitais.
Os dados foram divulgados nessa quarta-feira, 16, pelo jornal Folha de S. Paulo, e fazem parte de uma nota técnica da Rede de Pesquisa Solidária, grupo de pesquisadores de instituições públicas e privadas do Brasil e do exterior. Para os autores da nota técnica, uma possível extensão do programa deveria levar em conta uma distribuição mais equilibrada dos recursos.
Em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta sexta-feira, 18, o professor Ivan Beck Ckagnazaroff, do Departamento de Ciências Administrativas e do Centro de Pós-graduação e Pesquisas em Administração, ambos vinculados à Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, explicou os impactos da pandemia de covid-19 no orçamento dos estados e municípios.
"Com a necessidade de ficar em casa, as pessoas deixaram de trabalhar e de consumir. Cruamente falando, as bases da economia são o consumo, a produção e a contratação de mão de obra. Esse ciclo simples foi brutalmente rompido com a pandemia. Com isso, deixou de gerar riquezas, afetando as receitas e a manutenção de empregos", explicou.