Até sexta-feira, 24, o campus Pampulha e a Faculdade de Direito abrigam atividades da Semana de Recepção Negra, promovida pelo Centro de Convivência Negra (CCN). A iniciativa ocorre após o período de ambientação dos estudantes recém-ingressos neste semestre. A proposta é que esses graduandos possam expor suas ainda breves experiências sobre ser estudante negro na UFMG. O evento reúne esforços de diversos movimentos negros da Universidade e conta com apoio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae).

Na manhã desta quarta-feira, 22, às 11h, o estudante de mestrado em comunicação Jude Civil, intercambista haitiano, falará sobre os aspectos políticos, sociais e culturais que culminaram no processo de revolução haitiana, ocorrida na virada do século 19. A atividade será no auditório 2 da Face, no campus Pampulha. Às 17h, na sede do Centro de Convivência Negra (sala 1049, Fafich), haverá a exibição do filme As branquelas. Após a sessão, o cartunista La Cruz e o público falarão sobre a abordagem da questão racial feita no filme.

Permanência e funk
A doutora em educação Yone Maria Gonzaga e representantes da Prae, da Rede de Apoio Universitária e do CCN realizarão, na manhã da quinta-feira, às 11h, ao lado do Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia, a mesa-redonda Permanência negra na Universidade. Serão discutidos os impactos das políticas de afirmação e de permanência em vigor nas universidades e a manutenção dessas ações para promoção de um ambiente mais equânime. Mais tarde, às 17h, no prédio do Teatro Universitário, será realizada oficina de funk com o estudante de dança da UFMG Welleton Carlos, mais conhecido como Negona Dance. A atividade precede o Cultural da Assufemg, no qual diversos artistas negros da Universidade se apresentarão. A festa começa às 20h, na Quadra da entidade.

Na sexta-feira, 24, todas as atividades serão realizadas no Território Livre da Faculdade de Direito (Avenida João Pinheiro, 100). Às 11h30, os participantes do debate Cultura e juventude vão refletir sobre as dificuldades de acesso da população jovem negra a eventos culturais promovidos na cidade. Às 14h30, será realizado sarau com o coletivo Empreteceu. Recitações de poesias e de slam darão o tom da atividade por meio da troca de textos sobre a experiência de vida do negro no Brasil. A atividade é aberta a apresentações. Às 17h30, no debate Acesso e pertencimento da juventude da periferia à cidade, haverá discussões de raça, gênero e desigualdade social e como essas dimensões estruturais  dificultam o acesso à cidade. A programação será encerrada às 19h com uma disputa de rimas na batalha de MCs. 

Mais informações podem ser encontradas no pagina do CCN.