Ensino

Representantes de unidades acadêmicas discutem reconfiguração dos currículos de graduação

O pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, apresentou detalhes da proposta
O pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, apresentou detalhes da proposta Foto: Foca Lisboa / UFMG

O reitor Jaime Ramírez e o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, apresentaram, na tarde desta segunda-feira, 2, a representantes de órgãos colegiados e diretores das unidades acadêmicas, proposta de reconfiguração dos currículos de graduação.

A agenda institucional para tratar do tema prosseguirá com reuniões abertas a toda a comunidade e debates por áreas. Os colegiados de curso e diretorias de unidades também serão convidados a abrir debates para responder a questionário que será enviado pela Pró-reitoria de Graduação (Prograd), com análises sobre a possibilidade de aderir ao projeto, que prevê novas opções de acesso e percursos na graduação.

"Trata-se de uma proposta por adesão, como é tradição na UFMG. Se tiver acolhida, será apresentada às instâncias de deliberação superior da Universidade”, destacou o reitor Jaime Ramírez.

Jaime Ramírez: em sintonia com os desafios do século 21
Jaime Ramírez: em sintonia com os desafios do século 21 Foto: Foca Lisboa / UFMG

Ao afirmar que a graduação tem sido tratada como uma das prioridades da atual gestão, não só por ser “uma das principais razões de existir da Universidade mas sobretudo pelo poder de irradiação que tem em todas as dimensões em que a Instituição atua”, o Reitor observou que a nova proposta “põe a UFMG um passo à frente e em maior sintonia com o que outras instituições de ensino superior já estão fazendo e com os desafios do século 21”.

Em linhas gerais, a proposta elaborada pela Prograd sugere que os cursos busquem intercessões entre currículos, para oferecer trajetos comuns em determinados momentos da formação a alunos de diferentes cursos ou áreas; possibilidade de uma estrutura de entrada comum em cursos que se considerem afins; flexibilização estruturada dos currículos; gestão compartilhadas de estruturas comuns.

Segundo Takahashi, o projeto tem como premissa possibilitar que os cursos optem por manter o formato atual ou por encampar as mudanças sugeridas. Leia mais no Boletim UFMG.

No debate, foram levantadas dúvidas sobre diversos aspectos do projeto, como as formas de viabilização e a capacidade de os cursos encontrarem intercessões em seus currículos.

Sobre o reconhecimento pelos órgãos de registro profissional de currículos diferenciados que surjam, por exemplo, de bacharelados interdisciplinares, Jaime Ramírez lembrou que essa discussão também se deu com alguns dos cursos criados no âmbito do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

“Sempre é possível avançar. O mundo muda, e é preciso acompanhar. Vejo nessa proposta que os aspectos positivos se sobressaem a eventuais problemas”, disse o vice-diretor da Escola de Engenharia, Cícero Starling, ao anunciar que a Escola está “disposta a uma discussão mais específica sobre esse modelo”.

Para o curso de Enfermagem, pondera a diretora da Escola, Eliane Marina Palhares Guimarães, a organização curricular em estruturas formativas permitiria ampliar o leque de opções para a formação inicial (básica). Com relação à formação específica, essencialmente prática, "ofereceria novas formas de desenvolver os conteúdos, que priorizassem a interação com outros cursos na grande área do conhecimento, promovendo a interdisciplinariedade desde a formação profissional. Seria uma inovação”, enfatiza.

Vice-reitora Sandra Goulart Almeida, reitor Jaime Ramírez e pró-reitor Ricardo Takahashi
Vice-reitora Sandra Goulart Almeida, reitor Jaime Ramírez e pró-reitor Ricardo Takahashi Foto: Foca Lisboa / UFMG