Depois de reformular o seu projeto expográfico, o Museu Casa Padre de Toledo, uma das edificações mais importantes de Tiradentes, reabre as suas portas para mostrar ao público documentos, imagens e acervos associados à Inconfidência Mineira e a um de seus principais personagens, o Padre Toledo.

A reinauguração do museu, marcada para 10h30, é um dos destaques da programação desta sexta, dia 12, do 51º Festival de Inverno da UFMG. Na ocasião, também será aberta a exposição Lugares imaginários, que reúne fotografias e relatos orais dos moradores de Tiradentes. A curadoria é de Carlos Henrique Rezende Falci.

À noite, a partir das 19h, o Quatro Cantos Espaço UFMG Cultural recebe a Sociedade Orquestra e Banda Ramalho para um concerto com repertório de músicas populares. Há mais de um século, a banda entoa suas melodias pelas ruas de Tiradentes.

Exposição no Centro Cultural Sesiminas Yves Alves relembrando o legado de Burle Marx para Tiradentes será aberta neste sábado, dia 13, a partir das 9h com visita guiada que se estende em passeio por alguns dos principais pontos da cidade onde o paisagista realizou alguns projetos: Largo das Forras, Largo das Mercês, Capela de Nossa Senhora das Mercês, Largo do Chafariz, Largo do Rosário, Matriz de Santo Antônio e Largo do Sol. 

Programação em BH
Em Belo Horizonte, uma das primeiras atrações da programação é a sessão de astronomia indígena no planetário do Espaço do Conhecimento UFMG, na Praça da Liberdade, nesta sexta-feira, às 16h. A observação do céu será feita sob a perspectiva dos tupis-guaranis, com narrativas sobre o Sol, a Lua, os pontos cardeais, as mudanças nas estações e as constelações guaranis.

O Centro Cultural UFMG, que funciona em um imponente sobrado do complexo da Praça da Estação, completa 30 anos de fundação neste ano, e a abertura das comemorações integra a programação do Festival. Neste sábado, 13, a partir das 10h, haverá o lançamento de site oficial e dos projetos Biblioteca Conceito, Registros: ensino e arte e Escultura no centro.

Também será aberta exposição com fotografias e textos que resgatam informações sobre o edifício do Centro Cultural, desde a construção do prédio, no fim do século 19, nos primórdios de Belo Horizonte, até os dias atuais. Esse prédio centenário foi projetado como hotel para acolher as pessoas que desembarcavam na jovem capital pela estação central. Inaugurado em 1906, o sobrado já abrigou o Quartel do 2º Batalhão de Brigada Policial do Estado de Minas Gerais, a Junta Comercial de Minas Gerais, o Registro Militar do Ministério da Guerra, a Escola Livre de Engenharia de Belo Horizonte e o Instituto de Eletrotécnica da Escola de Engenharia.

Na sequência, o professor Flávio Carsalade, da Escola de Arquitetura da UFMG, fará a palestra A Praça da Estação como patrimônio cultural de Belo Horizonte. Ele é autor do livro Estação em movimento: a história da Praça da Estação em Belo Horizonte, no qual mescla recursos literários e análise urbanística.

Abertura oficial
No domingo, 14, a partir das 19h, no auditório do Conservatório, ocorre a abertura oficial do evento, com presença de dirigentes da UFMG e organizadores do Festival. A atração será o show do Trio Corrente, vencedor do prêmio Grammy, que vai executar músicas de seus cinco álbuns já lançados e antecipar algumas canções do novo disco, Tem que ser azul, lançado pela gravadora italiana Abeat Records.

Antes, às 16h, o Espaço do Conhecimento promove, em seu planetário, a sessão O céu como patrimônio, em forma de documentário. A atividade convida o espectador a repensar a relação com o firmamento, que é fonte de inspiração para a criação de narrativas, para o conhecimento científico e para outras formas de saber. Assista ao vídeo da TV UFMG sobre o documentário:

O 51º Festival de Inverno da UFMG prossegue até 21 de julho e, neste ano, será integrado à Virada Cultural de Belo Horizonte. As residências artísticas e oficinas começam na segunda-feira, dia 15. A programação pode ser consultada no site oficial do evento.