Projeto da UFMG usa ‘abordagem freiriana’ para ensinar música a crianças e jovens
Metodologia é aplicada nas atividades da Associação Querubins, sediada em Belo Horizonte
Por muito tempo, aprender música só era considerado possível através do método tradicional, a partir dos conservatórios de música clássica e da leitura de partituras.
Por muito tempo, aprender música só era considerado possível por meio de vias tradicionais, ou seja, em conservatórios de música clássica e com a leitura de partituras.
O projeto de extensão Práticas criativas e colaborativas vai na contramão dessa ideia. Desenvolvida na Escola de Música da UFMG, a iniciativa trabalha o ensino musical com base em metodologias inclusivas e decoloniais, valorizando a diversidade cultural brasileira.
A coordenadora do projeto, professora Heloisa Feichas, explica que o projeto se sustenta na perspectiva de que as referências culturais das pessoas devem ser consideradas no processo de aprendizagem musical. “Se a pessoa gosta de funk, rap ou samba, isso pode ser levado ao grupo. A pessoa traz as suas habilidades, compartilha com os outros e, a partir daí, pode desenvolver outras habilidades”, argumenta. “É uma metodologia bem ‘freiriana’", ressalta Heloisa, referindo-se à filosofia do educador Paulo Freire.
Para pôr em prática essa pedagogia criativa e colaborativa, o projeto auxilia as atividades musicais realizadas na Associação Querubins, organização não governamental localizada no bairro Sion.
Ficha técnica: Laura Bragança (produção e reportagem), Ângelo Araújo (imagens), Pedro Campos (motorista), Otávio Zonatto (edição de imagens) e Vitória Brunini (edição de conteúdo)