O ano de 2021 marca os 90 anos de Augusto de Campos. Poeta, ensaísta, tradutor e crítico, o autor se consagrou em seus 70 anos de carreira como um dos maiores nomes da poesia nacional. No início da década de 1950, juntamente com seu irmão Haroldo de Campos e o poeta Décio Pignatari, formulou o projeto de poesia concreta, originando um dos mais significativos movimentos literários do Brasil. 

A obra Poetamenos, lançada em 1955 pelo escritor, é considerada o primeiro exemplo de obra concretista no país. Propondo em seu movimento a desintegração do verso tradicional, Augusto de Campos gerou, com seu trabalho, tanto apoio quanto espanto. As obras Viva Vaia, Despoesia, Não e Outro, publicadas ao longo dos últimos 70 anos, reúnem boa parte da produção poética do autor e expõem o espírito vanguardista ainda presente em seu trabalho. Além da poesia, Augusto produziu também diversos ensaios sobre música, arte e cultura, e traduziu obras essenciais, como a do poeta Arthur Rimbaud. O autor é considerado, por muitos, o maior poeta brasileiro vivo, e seu trabalho reverbera até os dias de hoje. 

No programa Universo Literário, da Rádio UFMG Educativa, o poeta e jornalista Carlos Ávila falou sobre a obra de Augusto de Campos. A entrevista foi ao ar nesta segunda-feira, 1º.