Falar sobre raça e racismo nas aulas de língua inglesa pode ajudar a combater o racismo na sociedade e ressignificar o lugar e o papel do negro no âmbito das relações sociais e discursivas. Essa é uma das conclusões de dissertação defendida no Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos da UFMG. Os obstáculos, no entanto, começam já no fato de que não existe, por exemplo, material didático para o ensino da língua inglesa apropriado para fazer essa discussão nas classes, ainda que os negros representem a maioria da população brasileira: 51%, segundo o IBGE. 

Incomodado com isso, o doutorando em Estudos Linguísticos Carlos Guedes,da Faculdade de Letras da UFMG, decidiu desenvolver, ainda durante o mestrado, seu próprio material didático, com atividades que abordam temas como racismo, diversidade cultural e as representações do negro, e testou seu funcionamento na prática. Para isso, associou-se a uma professora da rede pública de ensino de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por meio do projeto Unisale – Parceria Universidade-Escola da Faculdade de Letras, iniciativa que tem o objetivo de unir os saberes produzidos no ensino superior àqueles gerados na educação básica. 

Conheça a pesquisa no novo episódio do programa Aqui tem ciência, da Rádio UFMG Educativa.

Raio-x da pesquisa

Título original: Black lives matter: efeitos e sentidos da teoria racial crítica na sala de aula de língua inglesa da escola pública
O que é: Dissertação de mestrado com o objetivo de investigar os efeitos e os sentidos de abordar raça e racismo durante o ensino de língua inglesa
Nome do pesquisador: Carlos Guedes Pinto Júnior
Ano da defesa: 2020
Programa de pós-graduação: Estudos Linguísticos, da Faculdade de Letras da UFMG
Orientador: Valdeni da Silva Reis
Financiamento: Capes
Leia a dissertação.

O episódio 42 do programa Aqui tem ciência é apresentado por Breno Benevides, com produção e edição de Paula Alkmim e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues.

O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e busca abranger todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta os resultados do trabalho de um pesquisador da Universidade. 

O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast como o Spotify e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.