Pesquisa propõe método de detecção de imagens de pornografia infantil
Trabalho realizado por perito criminal federal introduz técnica inédita de estimativa de idade por meio de análise das faces
As redes neurais convolucionais, inspiradas no funcionamento do córtex visual humano, constituem um dos recursos mais eficientes na área de aprendizado de máquinas. Elas estão na base de método destinado à detecção de pornografia infantojuvenil em imagens proposto em pesquisa realizada por João José de Macedo Neto, no Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação da UFMG. Macedo é perito da Polícia Federal, que tem utilizado o método, em fase de avaliação.
Em seu trabalho de mestrado, João Macedo desenvolveu uma técnica que combina métodos de classificação de pornografia e de detecção facial, já existentes, com outro de estimativa de idade por meio de análise de faces, concebido ao longo da pesquisa. Em testes efetuados em um conjunto de dados restrito à PF, a nova abordagem registrou quase 80% de acurácia. “Na área forense, a estimativa de idade agrega informação importante para a tipificação de crimes ligados à pornografia infantil e constitui grande diferencial em relação às alternativas existentes”, explica o pesquisador.
Os resultados da pesquisa foram objeto de reportagem da edição 2.053 do Boletim UFMG.