Pesquisa do IGC identifica variações de temperatura em bairros de BH
Região central da capital é a mais quente, e Mangabeiras, a mais amena
A chegada do verão ressalta a sensação de que locais com ambientes verdes são mais amenos que os de concreto. Essa percepção foi comprovada pelo professor Wellington Assis, em tese de doutorado defendida no Programa de Pós-graduação em Geografia da UFMG.
Na pesquisa, ele identificou três núcleos de calor na capital mineira: o hipercentro e seu entorno, a região central de Venda Nova e uma pequena área entre as regionais Pampulha e Noroeste. De acordo com o professor, a verticalização da cidade e o grande fluxo de pessoas e de veículos contribuem para gerar os bolsões quentes.
Para notar essas diferenças térmicas em Belo Horizonte não é necessário ir muito longe. A região da Praça Sete de Setembro, por exemplo, pode registrar temperaturas até 6º C superiores à do Parque Municipal Américo Renné Giannetti. A distância que os separa é de apenas 700 metros. O parque é considerado um dos núcleos frios da capital mineira.
Wellington Assis explica que outros fatores, como a topografia, também podem influenciar na média das temperaturas, como é o caso do Barreiro, com altitude acima de 1,5 mil metros, e o Mangabeiras. A altitude elevada, que favorece a passagem de ventos, contribui para que o bairro onde fica o Parque das Mangabeiras seja o lugar com a temperatura média mais amena na cidade (18,6°C).
Equipe: Luiz Cisi (produção e reportagem); Lucas Tunes e Antônio Soares (imagens); Marcia Botelho (edição de imagens); Alessandra Ribeiro (edição de conteúdo)