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Os lados humano e social dos danos causados pelo zika vírus são debatidos em seminário em BH

Após dois anos da epidemia de Zika no Brasil, famílias de todo o país continuam enfrentando grandes desafios

Pesquisadores, gestores e sociedade debatem impactos sociais da Zika
Pesquisadores, gestores e sociedade debatem impactos sociais da Zika Divulgação/Fiocruz

Seminário promovido pela Fiocruz Minas tem o objetivo de pensar a Zika pelas lentes das Ciências Sociais. Participam não só pesquisadores, mas agentes públicos e, principalmente, mães de crianças que nasceram com a Síndrome Congênita causada pelo vírus Zika. Segundo o Ministério da Saúde, de outubro de 2015 até dezembro de 2017, 371 bebês nasceram no Brasil com problemas possivelmente relacionados ao vírus Zika ou a outras causas infecciosas. Essas crianças têm alterações no crescimento e no desenvolvimento. A mais conhecida delas é a microcefalia.

Com essa realidade, milhares de famílias brasileiras lutam por uma assistência de qualidade. Tanto que já existe no Brasil uma Frente Nacional Por Direitos da Pessoa com Síndrome Congênita do Zika Vírus. Essa Frente reúne hoje mais de três mil famílias. Um grupo de referência é a União de Mães de Anjos (UMA), de Pernambuco, o estado mais atingido pela doença. A presidente da UMA de Pernambuco, Germana Soares, ressalta que, apesar dos avanços, muitos direitos de mães e crianças ainda não são assegurados pelo poder público.

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