Iniciativa busca criar espaço para mulheres negras em cargos da área de tecnologia
Kilombo Tech terá trabalho baseada em quatro eixos de atuação, em formato de séries

No momento peculiar que vivemos, diferentes setores do mercado de trabalho, dos serviços, da educação, da saúde, entre outros, tiveram que se adaptar ao trabalho remoto, ao ensino à distância, às teleconferências e ao uso de aplicativos. Nesse período, a tecnologia se tornou mais central do que nunca. No pós-pandemia e no tão falado “novo normal” as áreas tecnológicas são apontadas como setores da economia que devem crescer ainda mais.
Enquanto isso, assistimos nos últimos meses a manifestações contra o racismo em todo o mundo. No Brasil, a população negra é a que mais sofre os efeitos da crise econômica. Uma pesquisa de 2019 revelou que não há nenhuma pessoa negra em 32,7% das equipes que trabalham com tecnologia no Brasil. Além disso, em 64,9% dos casos, as mulheres representam no máximo 20% das equipes de trabalho em tecnologia.
A fim de abrir mais espaço para mulheres negras na área de tecnologia, foi criado o Kilombo Tech, um hub de desenvolvimento e inovação focado em formação e acolhimento de mulheres negras no mercado de tecnologia. Dividida em quatro eixos de atuação, em formato de séries, a iniciativa vai educar, explicar, conectar e formar mulheres negras que queiram conhecer o universo tecnológico. O Kilombo Tech iniciou suas atividades em junho e neste sábado, 25, lança sua comunidade, onde as participantes poderão aprender e trocar informações.
A programadora e educadora Barbara Aguilar, uma das fundadoras do Kilombo Tech, falou sobre a iniciativa, em entrevista ao programa Expresso 104,5, da Rádio UFMG Educativa, nesta quinta-feira, 23.