Internação por covid-19 é menor entre praticantes de exercícios físicos
Residente de pós-doutorado na UFMG, coautora de estudo observacional destaca os benefícios de se manter ativo
A hospitalização de pacientes com covid-19 é significativamente menor entre aqueles que praticam atividades físicas. É o que indica o estudo observacional O impacto do exercício físico, da atividade física e do sedentarismo nos desfechos clínicos em pacientes sobreviventes infectados pelo vírus Sars-CoV-2, que teve participação de pesquisadores da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG (EEFFTO).
A pesquisa contou com amostragem de 938 pessoas, formada por indivíduos de ambos os sexos e idades variadas com infecção pelo novo coronavírus confirmada por teste molecular (RT-PCR) ou sorológico (que identifica os anticorpos que combatem o vírus no sangue).
A amostragem foi dividida em duas categorias: indivíduos suficientemente ativos (que praticam no mínimo 150 minutos de atividades físicas moderadas por semana ou 75 minutos de exercícios mais intensos) e sedentários (que praticam exercícios abaixo do tempo sugerido). Essa padronização é proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Do total de voluntários, apenas 91 (9,7%) necessitaram de hospitalização. No grupo de pessoas classificadas como fisicamente ativas, o índice de hospitalização foi 34% inferior ao do grupo de sedentários.
A pesquisa teve participação de pesquisadores também da UFRGS, da Uerj e da USP. Em vídeo enviado à TV UFMG, a residente de pós-doutorado da UFMG Daisy Motta Santos, integrante da equipe que conduziu o estudo, explica a metodologia utilizada e os resultados.
Equipe: Vitória Fonseca (produção), Marcia Botelho (edição de imagens) e Renata Valentim (edição de conteúdo)