Calouros buscam respostas, perseguem sonhos e querem aproveitar o que a UFMG tem de melhor
Novos estudantes foram recebidos, nesta segunda-feira, com palestras informais em auditórios do CAD 3

Em uma das palestras da recepção de calouros do primeiro semestre de 2025, a pró-reitora adjunta de Graduação, Maria José Flores, discorreu, na noite de segunda-feira, dia 10, sobre os percursos que uma formação de graduação pode proporcionar. “Há muitas possibilidades. A vida acadêmica não é uma estrada reta”, disse ela a uma atenta plateia de estudantes que se reuniu na noite de segunda-feira, dia 10, no auditório 101 do CAD 3.
“Uma universidade é muito mais do que cursar disciplinas, assistir a aulas. A gente gosta tanto da UFMG, que acaba virando professor para continuar estudando e frequentando esse ambiente”, disse a pró-reitora. “A disciplina é a forma mais tradicional de cumprir uma atividade. Mas há outras, como estágios, projetos, programas e eventos", destacou.
Nesse cenário, Maria Flores citou as Formações Transversais (FTs), “atividades que se deslocam da unidade e vão possibilitar múltiplas interações com outros saberes e pessoas”. Criadas em 2014, as FTs, que cobrem temas que vão dos saberes tradicionais até meio ambiente e sustentabilidade (a FT mais recente), chamaram a atenção de Kátia Coelho, caloura do curso de Arqueologia e Antropologia. Formada em Administração pelo PUC Minas, Kátia, de 35 anos, trabalha na área de melhoria contínua em uma mineradora e agora diz estar dando um “salto totalmente diferente” em direção a outro campo.

'Leve para aprender'
“Eu vejo o curso [Arqueologia e Antropologia] como uma oportunidade de obter respostas a muitas perguntas que tenho sobre a própria humanidade”, justifica a caloura. Madura, sem o peso de quem precisa decidir o futuro aos 18 anos, Kátia afirma que se sente “leve para aprender e aproveitar tudo o que o curso e a Universidade oferecem”.

Vítor Leite, 21 anos, que se prepara para cursar Engenharia Mecânica, é formado pelo Cefet-MG, faz estágio na área de desenho mecânico em uma grande metalúrgica do setor de arames e chega à UFMG com um objetivo claro: seguir carreira acadêmica para tornar-se professor. “Talvez busque uma estabilidade no mercado de trabalho antes de percorrer esse caminho”, disse ele.
Enquanto pavimenta a sua estrada, Vitor afirma que pretende seguir o conselho de desfrutar a Universidade, que foi muito repetido durante a recepção. Ele tem interesse por esportes. “Já joguei vôlei, quem sabe não retomo? Também gosto de judô e outras lutas”, afirmou ele, que aceitou a sugestão da reportagem para acompanhar a apresentação do Centro Esportivo Universitário (CEU), que estava prestes a começar no auditório 106.
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida, que esteve no CAD 3 nos períodos da manhã e noite acompanhada do vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira, deu boas-vindas aos calouros e disse a eles que ali começava uma trajetória que não terminaria em quatro ou cinco anos: “Aqui não falamos em ex-alunos. Falamos em alunos que estudaram na UFMG em determinado período. Vocês serão sempre UFMG e levarão o nome da instituição para aonde forem".
Em formato mais dinâmico, a recepção de calouros deste semestre contou com uma programação de aulas informais distribuídas em três auditórios. As apresentações, que versaram sobre ensino, assistência estudantil, intercâmbios, pesquisa, extensão, cultura, esporte e comunicação, foram encerradas com performances do Grupo Sarandeiros (manhã) e do Octeto de Cordas (noite).
A programação de acolhimento dos novos estudantes prossegue ao longo desta semana com passeios de ônibus pelo campus Pampulha, oficinas sobre sistemas acadêmicos e atividades nas unidades.
A TV UFMG acompanhou as atividades na manhã de segunda-feira, dia 10. Assista ao vídeo.
Recepção de calouros - 10-3-2025



