Armazenamento de arquivos digitais se torna preocupação na pandemia
Professor da Escola de Ciência da Informação orienta como lidar com o excesso de arquivos nos dispositivos e na ‘nuvem’
Há mais de um ano atrás, o Brasil e mundo começaram um processo de adaptação a uma das maiores crises de saúde pública. Entre as consequências do isolamento social, em função da pandemia, está a virtualização das atividades e das interações interpessoais. Esse movimento refletiu em um aumento do volume de arquivos digitais gerados, nos mais variados formatos, tanto privados quanto profissionais e acadêmicos, que vêm sendo armazenados desde o começo desse período. Lembranças afetivas, registros médicos e materiais de estudo e de trabalho se misturam e se acumulam, distribuídos entre dispositivos tecnológicos e a “nuvem”, através das plataformas de armazenamento.
Como reflexo disso, avisos de memória cheia, seja nos serviços de e-mail ou em dispositivos eletrônicos, são cada vez mais constantes. Além disso, outro sintoma é a sobrecarga da nuvem, o que, inclusive, levou o próprio serviço do Google Drive a abrir mão do armazenamento ilimitado para os usuários. Onde exatamente vai parar toda a informação que estamos produzindo durante a pandemia?
Você já se perguntou se é possível esgotar o espaço virtual? O professor do Programa de Pós-graduação em Gestão e Organização do Conhecimento da Escola de Ciência da Informação da UFMG Ricardo Rodrigues Barbosa respondeu a essas e outras perguntas no programa Expresso 104,5 desta quinta, 13. O pesquisador lembrou da importância da educação para lidar com os dados. "Acho que isso deve ser usado na escola. As crianças não estão usando celulares? A educação online que está acontecendo agora por causa da pandemia é muito importante você incorporar, as pessoas tem que aprender a usar direito esses sistemas para se proteger e tirar vantagens possíveis", recomendou.
Mais informações sobre o Programa de Pós-graduação em Gestão e Organização do Conhecimento, do qual o professor Ricardo Rodrigues Barbosa faz parte, estão disponíveis no site do Programa. A TV UFMG também produziu uma matéria que explora o tema e discute como isso tem afetado estudantes e profissionais. O material pode ser acessado na página do núcleo.
Produção: Enaile Almeida e Filipe Sartoreto
Publicação: Alessandra Dantas