Acervo fotográfico da UFMG evidencia transformações da capital mineira
Fotografias das décadas de 1960 e 1970 compõem a exposição ‘‘Cidade Palimpséstica’’; mostra integra programação Festival de Inverno da UFMG
Até o dia 05 de agosto, a exposição ‘‘Cidade Palimpséstica’’ estará aberta à visitação no Espaço Cultural Trem com Arte, na Estação Central de Belo Horizonte. A mostra é uma iniciativa do curso de Museologia da UFMG e está composta por acervo fotográfico do Laboratório de Fotodocumentação Sylvio de Vasconcellos (LAFODOC), da Escola de Arquitetura e Design da Universidade. Ao todo, 113 fotografias das décadas de 1960 e 1970, captadas pelos fotógrafos Gui Tarcisio Mazonni, Marcos de Carvalho Mazzoni e Archimedes Correia de Almeida, foram selecionadas entre os mais de 25 mil negativos do acervo para a exposição.
Os palimpsestos remontam ao período da Idade Média, em que pergaminhos ou papiros tinham seu texto eliminado para que fossem reutilizados. Assim, pensando a cidade como um papiro gigante, a exposição pretende estabelecer uma metáfora com a metamorfose sofrida na utilização de seus espaços ao longo do tempo. Desde 1960, entre demolições e reconstruções, Belo Horizonte sofreu um processo de constantes mudanças em seu cenário paisagístico. Porém, mais que alterações estéticas, tais transformações suscitam uma reflexão sobre o que a cidade representa para cada um, como a habitamos e o que queremos dela no futuro.
Além do Espaço Cultural, a mostra contém módulos que podem ser visitados no corredor de acesso à Rua Aarão Reis, também na Estação Central, e em outras seis estações: Eldorado, Gameleira, Lagoinha, São Gabriel, Minas Shopping e Vilarinho, sendo o acesso gratuito para usuários do metrô, entre 5h e 23h. A TV UFMG registrou parte da exposição e apresenta alguns destaques:
Festival de Inverno
Como parte da programação do 51º Festival de Inverno da UFMG a exposição ganha espaço no Centro Cultural UFMG até o dia 4 de agosto. A proposta é apresentar o projeto inicial da cidade, circunscrita na Avenida do Contorno, e as transformações espaciais e expansões de Belo Horizonte decorrentes do crescimento populacional, principalmente entre as décadas de 1960 e 1970. O Centro Cultural está localizado na Av. Santos Dumont, 174, região central, e funciona de terça a sexta-feira, entre 10h e 21h, e de 10h às 18h aos sábados, domingos e feriados. A entrada é gratuita.
Entrevistados: Nathália Marques, estudante de Museologia da UFMG; Vinícius Santos, estudante de Museologia da UFMG.
Equipe: Leonardo Milagres (produção e reportagem); Antônio Soares (imagens); Marcos Bispo (videografismo); Otávio Zonatto (edição de imagens); Olívia Resende e Pablo Nogueira (edição de conteúdo).