Até 22 de outubro de 2020, o site do Centro de Memória da Faculdade de Medicina da UFMG (Cememor) abrigará a exposição Alzira Reis – pioneirismo, determinação e luta, que conta a história da primeira mulher formada em Medicina em Minas Gerais. A produção tem tradução em Libras.

Alzira Nogueira Reis (1886-1970) graduou-se na Faculdade de Medicina em 1919, época em que as mulheres eram educadas restritamente para o casamento. Ela sofreu preconceito por ser a única mulher do curso e pela escolha de estudar em vez de se dedicar ao ambiente doméstico.

Alzira esteve envolvida em várias iniciativas, como a mobilização pelo voto feminino, que passou a vigorar em 1934, e a atenção aos portadores do Bacilo de Hansen, causador da hanseníase. “Alzira foi uma mulher corajosa e determinada a atingir seus objetivos e exerceu a Medicina plenamente em todos os lugares onde esteve. Oriunda da elite, ela se envolveu em causas importantes como o voto feminino e a saúde dos menos favorecidos", ressalta a coordenadora de pesquisa do Cememor, Ethel Mizrahy.

Um século depois, como mostra a exposição, o cenário na Faculdade é diferente. Dos 1780 alunos matriculados na graduação em Medicina em 2020, 766 são mulheres.

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