Professores da UFMG lançam livro on-line com histórias e usos do alecrim do campo
O alecrim-do-campo, cientificamente chamado de Baccharis dracunculifolia, é o tema de livro lançado gratuitamente, on-line, por professores da UFMG. Para contar um pouco de sua história natural, seus usos, curiosidades e propriedades medicinais, os cientistas Geraldo Wilson Fernandes, Patricia Angrisano e Yumi Oki, do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do Instituto de Ciências Biológicas, publicaram a obra, acessível a não cientistas. Baixe o livro Alecrim aqui.
Segundo o professor Geraldo Wilson, a espécie apresenta várias propriedades farmacológicas, de atividade antimicrobiana, passando por ações anti-inflamatórias, anticancerígenas e até no controle da pressão alta.
"No mercado nacional ela é parte da formulação de antitranspirante, cicatrizante, para tratamento de diabetes e obesidade, saúde bucal, uso cosmético, entre outros. Além disso, também auxilia na biorremediação de solos com metais pesados como arsênio, além de favorecer a restauração ambiental", diz.
Usado também como vassoura, o alecrim-do-campo é importante insumo para as abelhas fabricarem o própolis verde, "inclusive, muito consumido neste período da pandemia", destaca Geraldo Wilson.
O livro tanto divulga informações cientificas sobre a planta, quanto faz um resgate histórico-social. "Falar de alecrim é lembrar da cantiga de roda popular”, afirma o ecologista. “Não há quem não conheça a doce canção do Alecrim dourado, que nasceu no campo sem ser semeado! Ou mesmo da frase: Foi meu amor que me disse assim, que a flor do campo é o alecrim”.