Pesquisa UFMG: uso de dilatador nasal externo auxilia no desempenho esportivo de crianças e adolescentes

Uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina da UFMG demonstrou que o uso de dilatador nasal externo (DNE) auxilia no desempenho esportivo de crianças e adolescentes. Atletas testados apresentaram aumento de 10% tanto no consumo máximo de oxigênio (VO2máx), quanto nos valores do Pico do Fluxo Inspiratório Nasal, além de diminuição da percepção subjetiva de esforço. Os resultados são fruto de tese defendida por Carlos Henrique dos Santos Ferreira no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Saúde da Criança e do Adolescente.

“A função nasal durante o exercício é particularmente importante para o atleta. O transporte de gases durante o exercício físico depende da integração dos sistemas cardiovascular, respiratório e musculoesquelético. À medida que a intensidade do exercício aumenta, a ventilação minuto aumenta rapidamente e verifica-se mudança da respiração nasal para a oral, para reduzir a resistência ao fluxo de ar”, afirma o autor.

A pesquisa buscou analisar as implicações na capacidade respiratória e na forma como os dilatadores nasais externos atuam em crianças e adolescentes atletas com diferentes perfis faciais, como o braquifacial (face curta e larga), dolicofacial (face longa e estreita) e mesofacial (crescimento proporcional entre os diâmetros vertical e horizontal).

Ao todo participaram do estudo 63 adolescentes atletas de ambos os sexos, entre 15 e 17 anos. Foram submetidos a duas situações, a primeira um teste de corrida utilizando o dilatador nasal externo experimental e outra usando o placebo. Ao final, os participantes com perfil facial do tipo dolicofacial apresentaram média de consumo máximo de oxigênio maior quando comparado com os outros dois perfis. 

Carlos Henrique defende que o uso do DNE por praticantes de atividade física está cada vez mais evidente nos espaços esportivos, treinamentos ou competições. “É um dispositivo que auxilia no desempenho esportivo, além de sua facilidade de acesso, custo acessível e baixo investimento, que são grandes vantagens e podem ser uma alternativa eficaz antes de prescrever medicamentos", conclui. 

Leia a matéria completa no site da Faculdade de Medicina da UFMG.

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Assessoria de Imprensa UFMG

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