Estudo UFMG: família tem papel essencial no desenvolvimento de habilidades leitoras das crianças

Crianças que realizam atividades de leitura e escrita em casa, contam com um melhor desempenho durante a alfabetização

Por se tratar do primeiro núcleo social no qual a criança tem contato, a família tem um papel importante para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e linguísticas de forma natural e afetiva. De acordo com a pesquisa realizada pela mestranda, Rebeca Fernanda de Almeida Coelho, pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Fonoaudiológicas da Faculdade de Medicina da UFMG, estudos mostram que a contribuição da família é essencial durante o desenvolvimento da fluência leitora através das práticas de literacia familiar.  

“Por meio de atividades relacionadas à leitura e à escrita, que a família realiza junto aos escolares, é possível promover o desenvolvimento de habilidades precursoras da alfabetização e estas contribuem para o bom desempenho na leitura”, completa Rebeca. 

Estas habilidades e atitudes relacionadas à leitura e a escrita desenvolvidas a partir da participação da família é chamada de literacia familiar. O termo consiste nas práticas como leitura compartilhada de livros, interações verbais, jogos de palavras, visitas a livrarias, bibliotecas e museus, atividades com músicas e muitas outras possibilidades. Estas práticas podem ser inseridas de formas lúdicas ou estruturadas, variando de acordo com a rotina de cada família. 

Os estudos mostram que as práticas de literacia familiar contribuem para o desenvolvimento de habilidades fundamentais para o processo de alfabetização, como o vocabulário e a consciência fonológica. Dessa forma, afirma-se que crianças que adquirem essas habilidades antes do ingresso escolar, costumam apresentar um melhor desempenho ao longo do percurso se comparada àquelas que não adquiriram. 

A relação entre fluência leitora e habilidades auditivas

Um segundo recorte da pesquisa realizada por Rebeca, visou analisar a relação entre as habilidades auditivas e a fluência leitora. Para isso, foram utilizados quatro testes auditivos que avaliaram os aspectos temporais da audição e a habilidade de figura-fundo. Os resultados mostraram que o melhor desempenho na habilidade de figura-fundo, ocasionou a diminuição de erros na leitura. 

Para Rebeca, em relação à leitura, os aspectos temporais auditivos e a habilidade figura-fundo têm sido frequentemente relacionados à aprendizagem da leitura. Isso porque os aspectos temporais da audição permitem a percepção da fala quanto a duração, ordenação dos fonemas e discriminação das palavras.  

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Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG

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