Desafios impostos pela pandemia para a música em conjunto são superados na UFMG
Essencialmente prática, disciplina Tópicos em Música e Prática de Conjunto – Grupo de Saxofones teve que se reinventar em isolamento social
Com a pandemia e a impossibilidade das aulas práticas de música na universidade, o professor Robson Saquett, do Departamento de Instrumentos e Canto da Escola de Música da UFMG, precisou adaptar uma de suas disciplinas práticas ao Ensino Remoto Emergencial, inserindo outros elementos no formato e na formação dos alunos do Grupo de Saxofones da UFMG. Composto por estudantes do curso de Música, o Grupo busca criar novas opções de vivência artística para os alunos, o que não poderia ser diferente neste momento.
A disciplina Tópicos em Música e Prática de Conjunto - Grupo de Saxofones tem como foco, conforme Saquett, “a prática de conjunto, de tocar junto, ao vivo, para públicos específicos, priorizando a afinação dos instrumentos e o olhar para estilos diferentes de músicas”, o que sempre foi realizado por meio dos ensaios presenciais.
Com a pandemia e a disciplina sendo ministrada remotamente, alteraram-se os parâmetros e a ênfase, levando algo novo para os alunos orientados para um novo olhar. A ênfase foi para a gravação individual com vistas à edição do conjunto em vídeo, o que alterou a dinâmica das aulas e da prática. Os alunos passaram a receber um guia com todas as orientações e parâmetros para edição futura da produção em conjunto.
Robson Saquett conta que uma das maiores dificuldades do processo de gravação de vídeos a distância é a necessidade de materiais para produzir um conteúdo de qualidade, como um bom microfone e câmera. Além disso, há também o desafio psicológico de se enfrentar uma pandemia. Entretanto, o professor avalia que os encontros virtuais têm funcionado muito bem e apresentam uma nova perspectiva aos estudantes.
Conforme Pedro Cunha, um dos alunos, a experiência agregou tanto em “noções de área para gravar quanto em sonoridade”, marcando a diferença entre o som gravado e o ao vivo. Por outro lado, “a gente perde um pouco a noção de afinação, pois está tocando em grupo, mas separado”, ainda que no geral tenha sido uma experiência boa para o momento, ressalta.
Os resultados podem ser conferidos em dois vídeos recentes do Grupo de Saxofones da UFMG em seu canal no YouTube. Um terceiro, conforme afirmam, está para ser lançado em breve.