Simpósio internacional na UFMG reúne trabalhos que utilizam espectrometria de massa
Evento será aberto no dia 25 pelo dinamarquês Peter Roepstorff, um dos pioneiros no uso da técnica para o estudo de proteínas
O 1º Simpósio de Espectrometria de Massa Aplicada à Proteômica e Biologia Estrutural apresentará diferentes formas de uso da espectrometria para tratar de aspectos como interação patógeno-hospedeiro, doenças cardiovasculares, diabetes, venenos de animais, histórias de startups de sucesso, fosfoprotema, glicoprotema, além de desafios e novas perspectivas da técnica. O evento será realizado de 25 a 28 de novembro, na Faculdade de Farmácia da UFMG, campus Pampulha. As inscrições podem ser feitas no site do evento até esta sexta-feira, 22 de novembro.
A espectrometria de massas é uma técnica analítica física usada para detectar e identificar moléculas por meio da medição da sua massa e da caracterização de sua estrutura química.
A programação do simpósio conta com palestras, majoritariamente em inglês, de pesquisadores internacionais e nacionais de diferentes universidades, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP), além de diferentes unidades da UFMG, como Instituto de Ciências Exatas (ICEx), Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e da Faculdade da Farmácia.
Alguns dos temas debatidos serão a proteômica relacionada às doenças cardiovasculares e a exploração esquistossomos com uso da proteômica. As atividades são organizadas pelo Laboratório Multiusuário de Proteômica da UFMG.
Com a vinda do professor Peter Roepstorff, da Universidade do Sul da Dinamarca, por meio do programa Capes PrInt, a professora Mariana Quezado, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB, idealizou as atividades do evento, que se destina a oferecer um panorama dos trabalhos que se valem da espectrometria de massa na biologia estrutural e de como essas técnicas auxiliam as pesquisas atuais.
A conferência de abertura, na noite do dia 25, será feita pelo próprio Roepstorff, um dos pioneiros na utilização da espectrometria de massa no estudo de proteínas e autor de mais de 400 artigos científicos sobre o assunto. Seu grupo de pesquisa trabalha no desenvolvimento de metodologias para análise de proteomas e modificações pós-traducionais, incluindo a oxidação de proteínas em função do envelhecimento, e o uso de análises de proteínas na indústria biotecnológica e farmacêutica.
Outra frente de atuação é a investigação da biodiversidade global por meio da caracterização de peptídeos e proteínas de vários organismos para os quais não há sequência genômica disponível. Como exemplo, os organizadores do evento citam o trabalho com proteínas fluorescentes de organismos marinhos e peptídeos e proteínas bioativos de sapos, escorpiões e cobras.